O transporte rodoviário de cargas registrou, no primeiro semestre de 2022, uma crescente contínua após o período pandêmico e com as mudanças políticas.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um crescimento de 11,4% no setor de transportes em 2021, um número acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que foi de 4,6%. 

Com esse novo recorde, o crescimento do transporte de cargas no modal rodoviário se deu principalmente pelo excelente desempenho do agronegócio, com uma produção de 16,73 milhões de toneladas de grãos em 2022, um aumento de 9% em comparação com a safra anterior, e também pela interiorização da produção, o que ampliou as rotas para as transportadoras. 

A lista de produtos transportados diariamente no Brasil é extensa, incluindo bens de consumo, máquinas, produtos siderúrgicos, químicos, combustível e muito mais.

O setor de transporte rodoviário de cargas movimenta atualmente 65% das mercadorias produzidas no país, mas enfrenta alguns desafios conhecidos.

Segundo dados do PIB divulgados pelo IBGE, o setor cresceu 2,1% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o trimestre anterior. 

Esse desempenho pode ser atribuído a uma combinação de fatores, incluindo o retorno das atividades com a redução de casos de Covid-19 e a melhora da situação das cadeias logísticas internacionais. Em comparação com o primeiro trimestre de 2021, o crescimento da atividade foi de 9,4%.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), os três principais itens que influenciam as tarifas nos últimos 18 meses foram: veículo, mão de obra e combustível. 

Nesse período, houve um aumento de 42% no veículo, 12,5% na mão de obra e 104% no combustível. Isso representa 90% dos custos básicos que aumentam exponencialmente e as empresas têm dificuldade em absorver esses valores, muito menos repassá-los para os clientes.

O repasse médio praticado pelas empresas não ultrapassou os 7% no período.

Fonte: Portal NTC