Desafios e tendências para Operadores Logísticos em 2023.

Desafios e tendências para Operadores Logísticos em 2023.

Em 2022, a análise da ABOL revelou um panorama desafiador para o setor logístico. A performance dos prestadores de serviço logístico terceirizado (3PLs) foi fortemente afetada por fatores internos e externos, tais como os bloqueios na China, a crise de contêineres global e a invasão da Ucrânia pela Rússia. Esses fatores geraram desequilíbrios na cadeia de suprimentos mundial e um aumento constante no preço dos combustíveis, como resultado da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pelo governo brasileiro desde 2016.

Embora os OLs afiliados à Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) tenham registrado um aumento positivo no movimento e no faturamento desde 2021, o lucro não acompanhou na mesma proporção. A ABOL aponta que isso se deve, principalmente, ao aumento do preço do diesel e de outros insumos operacionais.

Apenas 30% dos OLs repassaram integralmente o aumento dos custos para seus clientes, enfrentando um dos maiores desafios do setor em 2022: a atualização dos contratos com embarcadores em meio às flutuações nos preços do diesel, especialmente até agosto. O aumento do preço do combustível foi um fator determinante no cenário dos Operadores Logísticos, chegando a registrar picos de até 14,26%. 

O Governo Federal aplicou mais de 10 reajustes no primeiro semestre, seguindo a política do PPI. Esse aumento afetou significativamente os custos operacionais dos OLs, uma vez que o diesel pode chegar a compor até 40% do total desses custos.

Embora o setor tenha registrado receitas recordes, a rentabilidade não acompanhou o mesmo ritmo. Isso se deve, principalmente, ao alto custo do diesel, que nunca esteve tão caro e volátil no passado recente. 

Apenas a partir de agosto, houve uma leve redução no preço do combustível, resultado das políticas governamentais que reduziram o imposto estadual e zeraram o imposto federal por meio de um sistema de crédito. Entretanto, essas medidas são temporárias e podem não continuar no próximo ano, uma vez que afetam as receitas públicas. 

Segundo a diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, “os principais fatores de exploração, como o combustível, nunca foram tão dispendiosos e voláteis no passado recente”.

No âmbito interno, o ano de 2022 foi caracterizado por protestos nas estradas e bloqueios em acessos importantes aos portos por caminhoneiros, o que também afetou o suprimento de produtos e insumos essenciais para a sociedade. A cada dia de interrupção, os Operadores Logísticos levam, em média, 4,2 dias para se recuperarem e, para 38% deles, as perdas financeiras são irreparáveis.

De acordo com a ABOL, o setor se mostrou resiliente e atuou como “one stop shop”, resolvendo problemas logísticos a partir de demandas e desafios apresentados pelos clientes, desde a indústria básica e agronegócio até o varejo e o comércio eletrônico.

“Estamos otimistas de que a economia nacional irá se recuperar e que continuaremos a ser um importante motor para o desenvolvimento do Brasil, uma vez que geramos 2 milhões de empregos diretos e indiretos. 

Em termos de estratégia de expansão, os OLs enfrentarão um desafio claro em relação aos tipos de nichos e embarcadores que desejam se concentrar mais, uma vez que a pandemia trouxe novos players e demandas para o segmento”, observou Marcella. 

Segundo ela, as empresas que começaram a oferecer serviços logísticos para o comércio eletrônico pela primeira vez devido à pressão da Covid-19, por exemplo, terão de refletir se esse tipo de negócio realmente gera um bom retorno a médio e longo prazo.

Além de avaliar a permanência no e-commerce, os Operadores Logísticos (OLs) terão que seguir driblando, pelo menos até março, o aumento do combustível. De acordo com o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOs), a alta no preço do diesel continuará sendo um entrave para o setor no primeiro trimestre de 2023, já que o Brasil ainda tem defasagem de 10% no valor do combustível em relação a outros países. Em 2022, ele contribuiu para elevar os custos logísticos para 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB), apontou a pesquisa “Panorama do Transporte de Cargas no Brasil”, elaborada pelo ILOs.

Em meio à tentativa de equilíbrio entre os mercados a serem explorados e os contratempos gerados pelo combustível, os OLs terão mais 365 dias para seguirem em defesa da criação do marco regulatório do setor. Após um avanço importante, do Projeto de Lei 3757/2020 na Câmara dos Deputados, a ABOL está mais próxima de garantir a regulamentação da atividade, reduzindo a burocracia e atraindo investimentos.

Marcella conclui a análise sobre 2022 afirmando que “foi um ano com quebra de recordes de movimentos, atingindo mais de 391 milhões de toneladas transportadas. Investimos mais de 3,4 milhões de dólares num setor estimado atualmente em 1 mil empresas, com uma idade média de 34 anos de existência no nosso país. Mostramos, mais uma vez, a nossa força diante das adversidades e seguimos, agora, para um ano à frente de um setor em crescimento. Como entidade representativa, vamos trazer à tona temas relevantes, sempre contribuindo e discutindo com as associadas as melhores estratégias para o sucesso dos negócios”.

Fonte: https://mundologistica.com.br/


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