Agronegócio deve ser o único setor a crescer no PIB em 2023 e ter o maior crescimento em 5 anos
- baitatec
O agronegócio deve se recuperar em 2023, após uma queda em 2022, e se tornar um importante impulsionador da economia brasileira no próximo ano – possivelmente, o único setor a crescer. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve aumentar em 8% em 2023, após uma contração de 2% em 2022.
De acordo com o Santander, o PIB do agro deve cair em 0,3% neste ano e expandir em 7,5% no próximo. Se essas projeções se confirmarem, será o maior crescimento do setor desde 2017, quando houve um aumento de 14,2%.
Segundo economistas, parte do crescimento esperado para 2023 pode ser atribuído apenas ao fato de estar comparando com um ano fraco de 2022. As projeções otimistas também se devem ao fato de que a safra deve ser recorde. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve atingir 293,6 milhões de toneladas em 2023, um aumento anual de 11,8%.
De acordo com o Ibre, o agronegócio será o único setor a crescer significativamente em 2023, quando o PIB do Brasil deve permanecer praticamente estagnado. “Nossa projeção de PIB é menor do que a do mercado. Algumas instituições projetam um crescimento de 1% enquanto nós estamos prevendo apenas 0,2% – e isso com o agronegócio, que representa 10% do PIB, crescendo em 8%. Portanto, esperamos uma queda significativa da atividade em geral”, afirma Marina Garrido, economista do instituto.
O agronegócio deve ser impulsionado principalmente pela soja e pelo milho. O economista Gabriel Couto, do Santander, lembra que a safra de milho de 2021 foi prejudicada pela seca e que em 2022 o problema foi com a soja. A expectativa agora é ter boas safras das duas commodities. “Se tivermos uma safra de soja cheia, o que esperamos, isso impulsionará o PIB agrícola”.
Couto diz que o Santander não espera que a desaceleração global prevista para 2023 afete o agronegócio brasileiro (por enquanto). “Não estamos vendo os produtores retirando o pé do acelerador. Mesmo que eles decidam estocar grãos, a produção estará lá. O impacto da desaceleração da economia global tende a ser a médio prazo”.
Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), afirma que os produtores conseguiram plantar soja e milho na época certa este ano e a tendência é que a colheita de 2023 seja boa – com isso, o valor bruto da produção deve aumentar pelo menos 5%, para mais de R$ 1,3 trilhão. Além da soja e do milho, Carvalho destaca que as produções de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças também estão prosperando.
Importância do clima
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, ressalta que as previsões dos economistas supõem que o clima será favorável à produção – o que não ocorreu nos últimos anos. “Ter uma safra recorde, como esperamos, é uma questão de clima. Temos condições técnicas para realizar essa safra anunciada, mas ainda é cedo para dizer que ela será uma realidade. Nos últimos anos, enfrentamos problemas climáticos e tivemos grandes perdas”.
Couto, do Santander, afirma que a previsão para o setor agrícola em 2021 era de um aumento superior a 5% em 2022, mas conforme os meses foram passando, esse número foi revisado para baixo, até chegar à atual contração de 0,3%. No entanto, o economista diz que as secas que prejudicaram o setor nos últimos dois anos podem estar relacionadas ao fenômeno La Niña, que deve perder força a partir do segundo trimestre de 2023.
Fonte: Portal NTC
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